Neste Vídeo apresento a importância da FINALIZAÇÃO, versus INICIAÇÃO. Falo sobre a importância de preparar as RAÍZES,...
Pequeno ou Grande? Qual escolher?
Embora a tendência a supervalorizar o grande seja infantil, a maioria das pessoas mantém essa atitude ao longo da vida. Nesta sociedade de loucos só o que é grande, alto, espalhafatoso, é que é valorizado. De tal maneira, que até legalmente é menosprezada a fruta ou legumes que sejam de tamanho menor, a ponto de a mais pequena ter preço mais barato; e abaixo de certo tamanho, nem sequer pode ser vendido para consumo directo!
Uma notícia de Sábado passado (2013.09.21) nos jornais portugueses, cita uma senhora agricultora que, em Portugal, resolveu deixar pêra rocha nas árvores porque eram pequenas e então a Indústria alimentar somente lhe pagava uns míseros 10 cêntimos (0,10 €) por quilograma. Nos supermercados, essa pêra rocha estava a ser vendida a cerca de 1,30€ o quilograma. Ela decidiu oferecer essa fruta a 25 cêntimos (0,25 €) o quilograma a quem a fosse apanhar das árvores! Publicou isso no Facebook e não faltaram fregueses. Até da China recebeu telefonemas!
É a loucura completa, pois estando a fruta crescida e madura, (e com os legumes é idêntico), geralmente a de tamanho menor é de melhor qualidade, não só porque terá sido produzida sem ou com menor dose de adubos químicos, mas porque é mais concentrada e tem sabor mais forte, mais doce, etc. Fruta ou legumes demasiado grandes ou expandidos, são geralmente resultado de adubação química exagerada, a tal ponto que apodrecem mais facilmente, apresentam manchas negras, etc. Já comprovamos isso por nós próprios e com diferentes alimentos (frutas, batata doce, cenouras, etc.). Certamente essa lei é para proteger “os grandes” que produzem alimentos falsos e castigar os “pequenos” que nem adubos usam ou produzem coisas naturais. E também para proteger os gigantes da indústria química.
Geralmente, em média, as mulheres são ligeiramente mais baixas que os homens. Mas já que o grande é geralmente mais valorizado, muitas dão-se ao cuidado e sacrifício de usar não só calçado de saltos altos mas mesmo sapatos altos. Que extravagância! Assim, podem ser mais valorizadas por certos homens menos avisados ou mais iludidos pelo “grande”!
Sociedades e épocas houve em que os homens pagavam aos pais da noiva para casarem com ela. Há quem considere isso uma humilhação para a mulher. Será? Ou será o contrário? Nunca ouvimos dizer que alguma mulher pagasse para ter um homem, salvo raras e estranhas excepções. E mesmo essas excepções se referem apenas a sexo e não a casamento! Não é isso um sinal de superioridade da mulher? Afinal ela consegue conceber um bebé, amamentá-lo, pensar e realizar várias tarefas simultaneamente, etc!
Uma outra notícia da mesma data, nos jornais portugueses, cita um drama de uma jovem de 13 anos, que ficou grávida do pai. Pelo texto da notícia, o feto já estava com mais de 24 meses, tempo que, oficialmente, é desaconselhado para abortar. Esta jovem grávida, pelos vistos, manifestou a firme vontade de levar a gravidez até ao fim. Porém, o tribunal, à data da notícia, pretendia ordenar o aborto, alegando que a jovem não tinha condições financeiras nem psicológicas para continuar com a gravidez.
Ou seja, a jovem é muito pequenina, perante o tribunal. Portanto, não obstante ser adulta, uma vez que engravidou, apesar de ter apenas 13 anos, dificilmente se respeita a sua vontade, dificilmente se respeita o seu próprio corpo (o próprio pai terá abusado) e agora o tribunal, pelos vistos, quer continuar abusando do corpo da jovem, provocando aborto, o qual é extremamente pernicioso para a sua própria saúde física e para a sua saúde mental e psicológica! E o feto, que é ainda mais pequenino, com esse ninguém se preocupa, a não ser a mãe, mas cuja vontade tende a ser desprezada pelas próprias instituições que deveriam protegê-la mas, em vez disso, marginalizam-na.
Se a jovem não tem condições financeiras, que se ajude a jovem financeiramente. Se a jovem não tem condições psicológicas que se ajude a jovem psicologicamente. Que não se resolva um mal com males ainda piores e mais traumatizantes.
Ainda sobre o pequeno e o grande vale a pena lembrar o Sermão do Padre António Vieira sobre “O Bom e o mau Ladrão”:
" - Não são ladrões apenas os que cortam as bolsas.
Os ladrões que mais merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e as legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais, pela manha (ou artimanhas) ou pela força, roubam e despojam os povos.
Os outros ladrões roubam um homem de cada vez; estes roubam cidades e reinos; os outros furtam correndo riscos, estes furtam em segurança, sem temor nem perigo.
Os outros, se furtam, são enforcados; mas estes furtam e enforcam."
Também neste Sermão do Padre António Vieira, o “bom ladrão” é admirado, respeitado e até impõe o seu respeito! Já o “mau ladrão” é mal visto por todos, odiado por todos, e todos o querem matar, enforcar ou meter na cadeia. E porquê? Não é apenas por roubar, mas porque está sozinho e é pequeno! Basta trocar a palavra “forca” por prisão, “cadeia” ou “multa” e está tudo perfeitamente actual!
Mas a História humana e da Natureza em geral está cheia de exemplos, onde nem sempre o tamanho e altura é determinante, ou sequer importante.
David era um pequeno jovem, praticamente uma criança, quando venceu o gigante, famoso e destemido Golias!
Micróbios ou mesmo vírus invisíveis, são capazes, em determinadas condições, de vencer o hospedeiro, adoecendo-o ou mesmo matando-o. Outras vezes, salvando-o!
Os chineses são, em geral, de estatura baixa e delgada. Contudo, a Civilização Chinesa é a Civilização que tem permanecido mais tempo sem cair ao longo da história!
Também é provavelmente a Civilização que se manteve em guerra sucessiva durante mais tempo (época dos Estados Combatentes) até à unificação como Império Chinês (hoje, China).
O Prof. Tomio Kikuchi, de origem japonesa, também é de estatura baixa e delgada. Contudo é, senão o melhor, dos melhores lideres para a evolução positiva da humanidade, tendo desenvolvido o conceito, o ensinamento, o exemplo e a prática da Auto-Educação Vitalícia.
O Japão é um país relativamente pequeno e isolado (ilhas). Contudo, os japoneses invadiram militarmente a China por várias vezes ao longo da História. Já controlaram Xangai e na II Guerra mundial invadiram Nanjing (Nanquim) provocando um verdadeiro holocausto entre os chineses, hoje mostrado ao mundo num enorme mausoléu construído para o efeito, em cima das próprias valas dos mortos enterrados, vitimas dos soldados japoneses.
Os mesmos japoneses aperfeiçoaram e desenvolveram o Budismo Chan (levado pelos chineses para o Japão), a tal ponto que hoje em dia ninguém fala mais em “Chan” e sim em “Zen”. Até os chineses dizem “Zen”!
Portugal é um país pequeno ou mesmo muito pequeno, comparado com a maioria dos outros países. Os portugueses tradicionais também são de estatura pequena, baixa. Contudo, o Império Português foi o Império que durou mais tempo em toda a História da humanidade.
Por isso, convém não nos equivocarmos com o tamanho nem com as aparências. Não estamos aqui a defender que o que é pequeno é que é bom. Ás vezes o pequeno é melhor. Outras vezes o grande é que é melhor. Precisamos não cair no erro da generalização fortuita, estúpida.
Tenhamos em conta que:
Além do mais, tudo muda: tudo é transitório, tudo é efémero. O bonito, com o tempo se transforma em feio; o grande em pequeno; o brilhante em baço, escuro ou apagado, etc.
2013.09.24
Prof. Manuel Moreira
É a loucura completa, pois estando a fruta crescida e madura, (e com os legumes é idêntico), geralmente a de tamanho menor é de melhor qualidade, não só porque terá sido produzida sem ou com menor dose de adubos químicos, mas porque é mais concentrada e tem sabor mais forte, mais doce, etc. Fruta ou legumes demasiado grandes ou expandidos, são geralmente resultado de adubação química exagerada, a tal ponto que apodrecem mais facilmente, apresentam manchas negras, etc. Já comprovamos isso por nós próprios e com diferentes alimentos (frutas, batata doce, cenouras, etc.). Certamente essa lei é para proteger “os grandes” que produzem alimentos falsos e castigar os “pequenos” que nem adubos usam ou produzem coisas naturais. E também para proteger os gigantes da indústria química.
Geralmente, em média, as mulheres são ligeiramente mais baixas que os homens. Mas já que o grande é geralmente mais valorizado, muitas dão-se ao cuidado e sacrifício de usar não só calçado de saltos altos mas mesmo sapatos altos. Que extravagância! Assim, podem ser mais valorizadas por certos homens menos avisados ou mais iludidos pelo “grande”!
Sociedades e épocas houve em que os homens pagavam aos pais da noiva para casarem com ela. Há quem considere isso uma humilhação para a mulher. Será? Ou será o contrário? Nunca ouvimos dizer que alguma mulher pagasse para ter um homem, salvo raras e estranhas excepções. E mesmo essas excepções se referem apenas a sexo e não a casamento! Não é isso um sinal de superioridade da mulher? Afinal ela consegue conceber um bebé, amamentá-lo, pensar e realizar várias tarefas simultaneamente, etc!
Uma outra notícia da mesma data, nos jornais portugueses, cita um drama de uma jovem de 13 anos, que ficou grávida do pai. Pelo texto da notícia, o feto já estava com mais de 24 meses, tempo que, oficialmente, é desaconselhado para abortar. Esta jovem grávida, pelos vistos, manifestou a firme vontade de levar a gravidez até ao fim. Porém, o tribunal, à data da notícia, pretendia ordenar o aborto, alegando que a jovem não tinha condições financeiras nem psicológicas para continuar com a gravidez.
Ou seja, a jovem é muito pequenina, perante o tribunal. Portanto, não obstante ser adulta, uma vez que engravidou, apesar de ter apenas 13 anos, dificilmente se respeita a sua vontade, dificilmente se respeita o seu próprio corpo (o próprio pai terá abusado) e agora o tribunal, pelos vistos, quer continuar abusando do corpo da jovem, provocando aborto, o qual é extremamente pernicioso para a sua própria saúde física e para a sua saúde mental e psicológica! E o feto, que é ainda mais pequenino, com esse ninguém se preocupa, a não ser a mãe, mas cuja vontade tende a ser desprezada pelas próprias instituições que deveriam protegê-la mas, em vez disso, marginalizam-na.
Se a jovem não tem condições financeiras, que se ajude a jovem financeiramente. Se a jovem não tem condições psicológicas que se ajude a jovem psicologicamente. Que não se resolva um mal com males ainda piores e mais traumatizantes.
Ainda sobre o pequeno e o grande vale a pena lembrar o Sermão do Padre António Vieira sobre “O Bom e o mau Ladrão”:
" - Não são ladrões apenas os que cortam as bolsas.
Os ladrões que mais merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e as legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais, pela manha (ou artimanhas) ou pela força, roubam e despojam os povos.
Os outros ladrões roubam um homem de cada vez; estes roubam cidades e reinos; os outros furtam correndo riscos, estes furtam em segurança, sem temor nem perigo.
Os outros, se furtam, são enforcados; mas estes furtam e enforcam."
Também neste Sermão do Padre António Vieira, o “bom ladrão” é admirado, respeitado e até impõe o seu respeito! Já o “mau ladrão” é mal visto por todos, odiado por todos, e todos o querem matar, enforcar ou meter na cadeia. E porquê? Não é apenas por roubar, mas porque está sozinho e é pequeno! Basta trocar a palavra “forca” por prisão, “cadeia” ou “multa” e está tudo perfeitamente actual!
Mas a História humana e da Natureza em geral está cheia de exemplos, onde nem sempre o tamanho e altura é determinante, ou sequer importante.
David era um pequeno jovem, praticamente uma criança, quando venceu o gigante, famoso e destemido Golias!
Micróbios ou mesmo vírus invisíveis, são capazes, em determinadas condições, de vencer o hospedeiro, adoecendo-o ou mesmo matando-o. Outras vezes, salvando-o!
Os chineses são, em geral, de estatura baixa e delgada. Contudo, a Civilização Chinesa é a Civilização que tem permanecido mais tempo sem cair ao longo da história!
Também é provavelmente a Civilização que se manteve em guerra sucessiva durante mais tempo (época dos Estados Combatentes) até à unificação como Império Chinês (hoje, China).
O Prof. Tomio Kikuchi, de origem japonesa, também é de estatura baixa e delgada. Contudo é, senão o melhor, dos melhores lideres para a evolução positiva da humanidade, tendo desenvolvido o conceito, o ensinamento, o exemplo e a prática da Auto-Educação Vitalícia.
O Japão é um país relativamente pequeno e isolado (ilhas). Contudo, os japoneses invadiram militarmente a China por várias vezes ao longo da História. Já controlaram Xangai e na II Guerra mundial invadiram Nanjing (Nanquim) provocando um verdadeiro holocausto entre os chineses, hoje mostrado ao mundo num enorme mausoléu construído para o efeito, em cima das próprias valas dos mortos enterrados, vitimas dos soldados japoneses.
Os mesmos japoneses aperfeiçoaram e desenvolveram o Budismo Chan (levado pelos chineses para o Japão), a tal ponto que hoje em dia ninguém fala mais em “Chan” e sim em “Zen”. Até os chineses dizem “Zen”!
Portugal é um país pequeno ou mesmo muito pequeno, comparado com a maioria dos outros países. Os portugueses tradicionais também são de estatura pequena, baixa. Contudo, o Império Português foi o Império que durou mais tempo em toda a História da humanidade.
Por isso, convém não nos equivocarmos com o tamanho nem com as aparências. Não estamos aqui a defender que o que é pequeno é que é bom. Ás vezes o pequeno é melhor. Outras vezes o grande é que é melhor. Precisamos não cair no erro da generalização fortuita, estúpida.
Tenhamos em conta que:
- O principal, o mais importante é a essência e não a aparência;
- O principal é a qualidade e não a quantidade;
- O principal é a função e não a forma.
Além do mais, tudo muda: tudo é transitório, tudo é efémero. O bonito, com o tempo se transforma em feio; o grande em pequeno; o brilhante em baço, escuro ou apagado, etc.
2013.09.24
Prof. Manuel Moreira
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Opinião
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