O que é Prevenção?

Hoje em dia, está muito em voga fazerem-se testes, como exames auxiliares de diagnóstico, por tudo e por nada, a toda a hora e momento. São análises ao sangue, à urina, Raios x, TACs, Ressonâncias Magnéticas, e mais uma parafernália interminável de exames e mais exames, a fim de sacar o máximo de dinheiro ao pobre doente ou mesmo ao “pobre” saudável, a quem não dão descanso, sobretudo “se tem mais de 50 anos de idade”. A partir daí é assediado por várias empresas, que lhes telefonam para casa, para que faça exames aos ouvidos periodicamente em intervalos curtos, exames aos olhos, à próstata, ao útero, etc. É um nunca mais acabar!
Isso é prevenção ou perversão?!...

“Prevenção” significa ter cuidados para se antecipar ao que possa vir a acontecer ou ter cuidados para evitar danos ou acontecimentos nocivos (doenças, roubos, assaltos, abusos, vigarices, etc.).

Ora tais exames não previnem. Só detectam quando o mal já está instalado!

Detectar um inimigo quando ele já está em cima de nós, atacando-nos, destruindo-nos, isso não é prevenção. É detecção tardia, não estratégica, como vimos. Antes pelo contrário: tais exames, quando detectam alguma anomalia, são a comprovação da não prevenção!

“Prevenir” não é apanhar papalvos ou apanhar-lhes o dinheiro.

“Prevenir” é educar, ensinar as pessoas a terem e desenvolverem:

Percepção, estratégia de antecipação, “bons” hábitos. Isso sim, é prevenção.

Para prevenirmos ou evitarmos doenças (ou outros males ou situações nocivas) precisamos educar a população, começando cada um por si próprio, estender aos familiares e à família e daí à sociedade.

Não podemos ficar à espera que seja a Escola, o Estado, o Sistema Privado ou o Sistema como um todo a resolver a falta de educação ou a resolver a educação defeituosa, pois essas entidades, elas próprias estão promovendo cada vez mais o enfraquecimento e a degeneração da humanidade. Isso está às escâncaras de toda a gente, mas por ser tanto às escâncaras, a maioria não se apercebe, porque já está insensibilizada.

É preciso educar para:

• Aprender e educar a aperceber-se dos sinais, mesmo antes do início da instalação do que é nocivo (observando tendências, hábitos, etc.);
• Aprender e educar a usar as melhores estratégias de antecipação e mais eficazes (usando comportamentos adequados, inteligentes, intuitivos e instintivos);
• Aprender e educar a adoptar hábitos adequados, convenientes, salutares, fortalecedores e imunizadores da Individualidade e da Solidariedade (hábitos vantajosos para o indivíduo, para a família e para a sociedade).

2013.09.24
Prof. Manuel Moreira